Imagem: Jornal INVERTA |
A
Praça da Sé já foi palco de várias manifestações populares, com destaque a
histórica ação no 1º de maio de1968, onde foi desarmado o comício organizado
pelo próprio aparelho da Ditadura que reunia o governador biônico (como eram
chamados os governadores escolhido pelo governo, sem eleições) Abreu Sodré e os
sindicalistas mais reacionários. Expulsos do palanque juntamente com todos os
militares que faziam a segurança, essa ação bem planejada por trabalhadores
metalúrgicos deu aos responsáveis pela organização, o microfone e o
reconhecimento que lhes era de direito. Essa e muitas outras mobilizações
lotaram o ponto central da cidade e o consagrou palco das lutas contra a
opressão do sistema capitalista.
Por
essa razão, reivindicamos esse espaço para rememorar a caminhada dos
Trabalhadores e Trabalhadoras na data que guarda em seu significado histórico a
representação dessa luta, o 1º de maio. Juntamente com outros coletivos,
buscamos fazer frente aos showmícios realizados na data por organizações
oportunistas que não podem ser chamados de despolitizados, pois, pelo
contrário, possuem uma orientação política clara: oferecer migalhas por meio de
sorteios, além de atrações musicais para mascarar o real caráter do dia e apresentá-lo
como dia de festa, o dia do trabalhador que pode ter sorte de concorrer um carro, prendas, etc. A
luta não é colocada como o caminho, mas sim, a assistência.
Assim,
aos lutadores e lutadoras do povo cabe a missão de pontuar que a real libertação
dos trabalhadores e trabalhadoras enquanto classe está na alternativa concreta
para supressão da estrutura do sistema capitalista, sistema que só pode existir
com a exploração dos mesmos, e só será colocado em xeque pela via
revolucionária, a instauração do Sistema Socialista.
Nessa
ocasião, aproveitamos para vender nossos materiais e distribuir nosso Manifesto
que traz a discussão sobre a estratégia que deve tomar o Movimento
Revolucionário no Brasil. É preciso abandonar a linha reformista de ação, a linha
que concentra suas ações nas lutas por pequenas reformas com fins em si mesmas.
É necessário lutar pela ação planificada que combine prática e teoria, teoria
que destrincha as estruturas da sociedade e que é a única que pode guiar de
maneira acertada os pontos de ação da
organização revolucionária.
É
preciso combater tais linhas que se mostram oportunistas, que são
economicistas, reformistas e imediatistas. Que se ajoelham frente à ação
espontânea das massas. O oportunismo é um reflexo claro da ideologia burguesa
no interior do movimento, pois só pode trazer à classe pequenas migalhas e não
o controle da sociedade que ela banca com seu trabalho.
Hoje,
em um momento de refluxo do movimento operário no nosso país, os showmícios
estão cheios e o 1º de maio de luta da Sé tem se mostrado esvaziado. É esse o
momento de construir a organização revolucionária e expandir seu campo de
influência juntamente com esse processo.
A
Juventude 5 de julho reitera a confiança nessa tática que se fundamenta no
marxismo-leninismo e em toda a experiência do proletariado internacional, e
assim, caminha junto a classe trabalhadora para construir A Revolução Comunista
no Brasil.
J5J-SP
Recomendado: análise de conjuntura a partir do Dia do Trabalhador - Editorial do Jornal INVERTA edição 458: clique aqui.
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