quarta-feira, 23 de maio de 2012

1º de maio na Praça da Sé

Imagem: Jornal INVERTA


A Praça da Sé já foi palco de várias manifestações populares, com destaque a histórica ação no 1º de maio de1968, onde foi desarmado o comício organizado pelo próprio aparelho da Ditadura que reunia o governador biônico (como eram chamados os governadores escolhido pelo governo, sem eleições) Abreu Sodré e os sindicalistas mais reacionários. Expulsos do palanque juntamente com todos os militares que faziam a segurança, essa ação bem planejada por trabalhadores metalúrgicos deu aos responsáveis pela organização, o microfone e o reconhecimento que lhes era de direito. Essa e muitas outras mobilizações lotaram o ponto central da cidade e o consagrou palco das lutas contra a opressão do sistema capitalista.

Por essa razão, reivindicamos esse espaço para rememorar a caminhada dos Trabalhadores e Trabalhadoras na data que guarda em seu significado histórico a representação dessa luta, o 1º de maio. Juntamente com outros coletivos, buscamos fazer frente aos showmícios realizados na data por organizações oportunistas que não podem ser chamados de despolitizados, pois, pelo contrário, possuem uma orientação política clara: oferecer migalhas por meio de sorteios, além de atrações musicais para mascarar o real caráter do dia e apresentá-lo como dia de festa, o dia do trabalhador que pode ter  sorte de concorrer um carro, prendas, etc. A luta não é colocada como o caminho, mas sim, a assistência.

Assim, aos lutadores e lutadoras do povo cabe a missão de pontuar que a real libertação dos trabalhadores e trabalhadoras enquanto classe está na alternativa concreta para supressão da estrutura do sistema capitalista, sistema que só pode existir com a exploração dos mesmos, e só será colocado em xeque pela via revolucionária, a instauração do Sistema Socialista.

Nessa ocasião, aproveitamos para vender nossos materiais e distribuir nosso Manifesto que traz a discussão sobre a estratégia que deve tomar o Movimento Revolucionário no Brasil. É preciso abandonar a linha reformista de ação, a linha que concentra suas ações nas lutas por pequenas reformas com fins em si mesmas. É necessário lutar pela ação planificada que combine prática e teoria, teoria que destrincha as estruturas da sociedade e que é a única que pode guiar de maneira  acertada os pontos de ação da organização revolucionária.

É preciso combater tais linhas que se mostram oportunistas, que são economicistas, reformistas e imediatistas. Que se ajoelham frente à ação espontânea das massas. O oportunismo é um reflexo claro da ideologia burguesa no interior do movimento, pois só pode trazer à classe pequenas migalhas e não o controle da sociedade que ela banca com seu trabalho.

Hoje, em um momento de refluxo do movimento operário no nosso país, os showmícios estão cheios e o 1º de maio de luta da Sé tem se mostrado esvaziado. É esse o momento de construir a organização revolucionária e expandir seu campo de influência juntamente com esse processo.

A Juventude 5 de julho reitera a confiança nessa tática que se fundamenta no marxismo-leninismo e em toda a experiência do proletariado internacional, e assim, caminha junto a classe trabalhadora para construir A Revolução Comunista no Brasil.

J5J-SP

Recomendado: análise de conjuntura a partir do Dia do Trabalhador - Editorial do Jornal INVERTA edição 458: clique aqui.

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