Os diferentes momentos do embate das classes em nosso continente
se explicitam nos recentes dados divulgados em dois países. Enquanto na
Venezuela o presidente Hugo Chavez, liderança máxima do povo venezuelano em seu
atual processo de construção do poder popular, encontra-se a frente nas
pequisas de intencionalidade de votos para as eleições presidenciais que
acontecerão no próximo dia 07/10; no Paraguai, o golpista Frederico Franco
encabeça uma série de medidas reacionárias no país.
Em pouco mais de dois meses,
depois de ter ascendido ao governo através de um processo forjado no Congresso
paraguaio para derrubar o então presidente Fernando Lugo com falsas acusações,
Franco é a figura que agora representa os interesses do imperialismo no mais
recente golpe de Estado realizado na América Latina que, como revelado pelo
site Wikileaks, já vinha sendo orquestrado pelos serviços de segurança
estadunidense desde 2009. Representando os interesses conservadores da
burguesia, abriu um pedido para que seja sancionada a lei que libera a venda de
terras públicas ao preço de mercado. Essas terras provavelmente acabarão caindo
nas mãos dos empresários ligados à sojicultura, quando seu destino anterior era
a Reforma Agrária. Em favorecimento destes, Franco também decretou
que não levará adiante a auditoria publica que investigava a procedência dos
257 mil hectares que tem com proprietário o latifundiário brasileiro Tranquilo
Favero, maior produtor de soja do Paraguai. Foram atropeladas as discussões sobre
a importação de sementes de algodão transgênico e sobre a implementação da
fábrica de alumínio da multinacional Rio Tinto Alcan, que como afirma Gustavo
Rodas, diretor-geral de Itaipu no governo Lugo, vai exigir que o Paraguaí dobre
a quantidade de energia que utiliza da usina e a cederá à multinacional através
de subsídios de tarifa elétrica.
Dentro desse cenário de
retrocesso das conquistas conseguidas pela classe trabalhadora, caracterizado
pelo retorno do partido Colorado (no poder, antes da eleição de Lugo, há
mais de 50 anos) à presidência do Paraguai, acompanhamos o processo
da Revolução Bolivariana que, através de diversos mecanismos, coloca o povo
venezuelano no caminho da conquista de sua independência e tem apontado ser uma
peça-chave na construção de alternativas para que os demais países da Nossa
América possam se livrar do domínio do imperialismo ianque e europeu. Vemos
isto na criação, consolidação e desenvolvimento da ALBA, que vem criado opções
para trocas comerciais entre nossos povos e da Celac, que se coloca como
alternativa a OEA por não contar com a participação dos EUA e ter a
possibilidade de pontuar questões mais radicais. Dessa forma, faz-se mais do
que necessário para que esses avanços prossigam, que a reeleição do comandante
Chavez aconteça, já que sua posição antiimperialista representa um avanço na
construção do socialismo nesse complexo momento de crise do capital, no qual a
burguesia avança para intensificar a exploração dos trabalhadores e
trabalhadoras tentando manter seus impérios.
Pela construção da Patria Grande!
Pela reeleição de Hugo Chavez!
Abaixo o Governo golpista de Frederico Franco!
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