segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Luta de classes na América Latina: eleições na Venezuela e as reformas no Paraguai


Os diferentes momentos do embate das classes em nosso continente se explicitam nos recentes dados divulgados em dois países. Enquanto na Venezuela o presidente Hugo Chavez, liderança máxima do povo venezuelano em seu atual processo de construção do poder popular, encontra-se a frente nas pequisas de intencionalidade de votos para as eleições presidenciais que acontecerão no próximo dia 07/10; no Paraguai, o golpista Frederico Franco encabeça uma série de medidas reacionárias no país.
Em pouco mais de dois meses, depois de ter ascendido ao governo através de um processo forjado no Congresso paraguaio para derrubar o então presidente Fernando Lugo com falsas acusações, Franco é a figura que agora representa os interesses do imperialismo no mais recente golpe de Estado realizado na América Latina que, como revelado pelo site Wikileaks, já vinha sendo orquestrado pelos serviços de segurança estadunidense desde 2009. Representando os interesses conservadores da burguesia, abriu um pedido para que seja sancionada a lei que libera a venda de terras públicas ao preço de mercado. Essas terras provavelmente acabarão caindo nas mãos dos empresários ligados à sojicultura, quando seu destino anterior era a Reforma Agrária. Em favorecimento destes, Franco também decretou que não levará adiante a auditoria publica que investigava a procedência dos 257 mil hectares que tem com proprietário o latifundiário brasileiro Tranquilo Favero, maior produtor de soja do Paraguai. Foram atropeladas as discussões sobre a importação de sementes de algodão transgênico e sobre a implementação da fábrica de alumínio da multinacional Rio Tinto Alcan, que como afirma Gustavo Rodas, diretor-geral de Itaipu no governo Lugo, vai exigir que o Paraguaí dobre a quantidade de energia que utiliza da usina e a cederá à multinacional através de subsídios de tarifa elétrica.


Dentro desse cenário de retrocesso das conquistas conseguidas pela classe trabalhadora, caracterizado pelo retorno do partido Colorado (no poder, antes da eleição de Lugo, há mais de 50 anos) à presidência  do Paraguai, acompanhamos o processo da Revolução Bolivariana que, através de diversos mecanismos, coloca o povo venezuelano no caminho da conquista de sua independência e tem apontado ser uma peça-chave na construção de alternativas para que os demais países da Nossa América possam se livrar do domínio do imperialismo ianque e europeu. Vemos isto na criação, consolidação e desenvolvimento da ALBA, que vem criado opções para trocas comerciais entre nossos povos e da Celac, que se coloca como alternativa a OEA por não contar com a participação dos EUA e ter a possibilidade de pontuar questões mais radicais. Dessa forma, faz-se mais do que necessário para que esses avanços prossigam, que a reeleição do comandante Chavez aconteça, já que sua posição antiimperialista representa um avanço na construção do socialismo nesse complexo momento de crise do capital, no qual a burguesia avança para intensificar a exploração dos trabalhadores e trabalhadoras tentando manter seus impérios. 

Pela construção da Patria Grande!
Pela reeleição de Hugo Chavez!
Abaixo o Governo golpista de Frederico Franco!

Nenhum comentário:

Postar um comentário